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por Oldfox, em 29.06.13

E os malucos somos nós?

 

 

 

 

Num texto intitulado "Arte e Neurose", o escritor e crítico literário americano Lionel Trilling ( 1905-1975), analisa a questão da saúde mental, (ou falta dela), do "artista". É claro que essa ideia do criador demente - principalmente  poeta mas também pintor, romancista, músico...a puxar os cabelos, a arrancar as vestes aos uivos, vagueando no nevoeiro ou suicidando-se numas águas-furtadas miseráveis - veja-se o exemplo do pobre Thomas Chatterton que inspirou legiões de amantes do auto-envenenamento, para não falar do desgraçado Werther, sempre em estado de privação até ao tiro final -  vem direitinha do movimento romântico. Ainda hoje persiste, em alguns sectores, a convicção de que um artista, para merecer esse epíteto, tem de sofrer, ser pobre, "maluco" e nunca, mas nunca, ter sucesso em vida.  Trilling refere esse facto, dá a necessária, mas ultra benévola, palmada ao tio Sigmund - " já tentei noutro lugar ("Freud and Literature") separar exaustivamente o útil do inútil e até do perigosamente enganador," escreve, referindo-se à enorme importância da psicanálise nos estudos literários e também aos equívocos que tem criado - e continua, com o seu humor habitual, a analisar a mais ou menos estreita afinidade entre os criadores artísticos e as ditas perturbações mentais. O ensaio em questão encontra-se em "The Liberal Imagination", onde, como noutras obras, é possível observar, com enorme prazer, a mente do autor a funcionar. Triling, tal como outros críticos literários da sua geração, participaram activamente na política e nas actividades intelectuais do seu tempo e, com a sua mulher Diane Trilling, integrou o naipe de luxo dos que colaboravam activamente na  Partisan Review, essa publicação lendária, fundada por William Phillips, Philip Rahv e Sender Garlin, onde "estrelas" como Hannah Arendt, Saul Bellow, Clement Greenberg, Elizabeth Hardwick. Mary McCarthy e, sim, também, Susan Sontag ( e muitos mais) deixaram contributos valiosos e interporias. Nessa "idade de ouro" do pensamento e da acção, os críticos literários chamaram a si uma intervenção política, intelectual e social. Quero eu dizer que não se ficavam pela alegre leitura de obras e subsequentes duas colunas - agora, um luxo! - de respectiva apreciação escrita.  Para estes pensadores (as), as grandes obras literárias e os seus autores não serviriam apenas para dar prazer - o que, por si só, já seria um grande feito - mas obrigavam a uma análise exaustiva e a uma intervenção fulgurante. 

 

A que propósito vem todo este arrazoado, perguntar-me-ão? Eu digo, eu falo, eu conto:  ao contrário do século XIX -  em que a excentricidade e a loucura dos artistas eram um "must"- vivemos agora um tempo em que os criadores  - no Teatro, no Cinema, na Literatura, na Música, nas Artes Plásticas - parecem ser os únicos com sanidade mental num País de loucos varridos, em que pseudo-governantes, financeiros, políticos, banqueiros e outras categorias antropológicas pouco apelativas embarcaram há muito num carrossel de disparates.(Ah! e não me venham com a ideia, mais do que ultrapassada (século XVIII/XIX, lembram-se?) de que o (a) artista não precisa de ser remunerado(a), uma falácia de que muitos se aproveitam como se a actividade cultural fosse um passatempo e não um labor intenso!)  

 

Por tudo isto declaro que o único espaço não contaminado da “polis” é, realmente, o da Cultura, da Arte. Só os artistas e agentes culturais resistem realmente, e em força, a esta força maligna que nos afoga e empurra para uma fundura de desesperança, de mediocridade e de medo. Só com eles (elas) é possível encontrar prazer, alegria, energia, beleza, e um sentido para a Vida... o que quer que isso possa significar!


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publicado às 01:53


por Oldfox, em 22.06.13

Buzzzz do dia

Buzzs contra o conformismo, a estagnação, a indiferença, a imobilidade mortífera – Lisboa e Porto fervilham, agitam-se, agigantam-se, dançam, mexem-se. Duas cidades onde artistas, escritores, actores, músicos, cineastas, cientistas e todos os que os rodeiam, num produtivo e avassalador enxame cheio de energia e vitalidade,  demonstram que há vida – e que bela vida – para além do buraco negro do quotidiano, da tristeza, da indiferença dos mais poderosos (e mais estúpidos!). 

No Porto, contrariando a decisão de acabar com a Feira do Livro, os escritores resistem e fazem o que melhor sabem fazer, para além de escrever: em vez de ficarem fechados a lamentar a sua sorte, vão para a rua falar das suas obras, assinar os seus livros, trocar opiniões com os leitores, agitar, quebrar barreiras, forçar. Dia 22 e dia 29 de Junho, Porto, a partir das 17:00 na Praça da Batalha.

 

 

Fundação Calouste Gulbenkian.

Em Lisboa, a multifacetada, multicultural, fascinante e sedutora África vem até nós – é tempo de ir à Fundação Calouste Gulbenkian aprender, ver, cheirar, palpar, sentir – com o programa de Verão de Próximo Futuro: pensamento, literatura, arte pública, exposições de fotografia, música, cinema, teatro e dança, a partir de 21 de Junho até 7 de Julho.

Programador - António Pinto Ribeiro.

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publicado às 13:26


por Oldfox, em 21.06.13

Tips, Tips, Tips III

Cinema - "What Maisie Knew"

 

Há autores cujas obras atraem hipnoticamente os realizadores de cinema, apesar dos riscos e dos perigos anunciados. É o caso de Henry James. A sua prosa não é “visual”, antes se contorce e espraia no alargado espaço da mente individual, cortesia da – mas não só - famosa influência do seu irmão William James.  

Estreou agora o novo filme baseado na obra “What Maisie Knew” (1897) e a controvérsia já se instalou uma vez que as ambiguidades de James – que tanto prazer dão, na exploração da leitura – são dificilmente transpostas para, como é este o caso, a Manhattan contemporânea. James é certamente mais cruel  e complexo – na sua qualidade de bom vitoriano – nesta história de uma criança arremessada como moeda de troca e usada como arma de combate e objecto de chantagem pelo pai e a mãe divorciados, casados de novo, egoístas e frívolos. O retrato de uma sociedade – poderá ser também a nossa? – onde o afecto está ausente.

Nota: Nabokov achou o livro péssimo, apesar de ter sido recomendado pelo seu amigo Edmund Wilson. O crítico Neil Hertz encontrou semelhanças entre esta trama  e o “caso Dora” analisado por  Freud.

 

Some authors, no matter how difficult they are, attract the eye of film makers and seem to be an endless source of enthusiastic appeal . It is the case of Henry James whose “What Maisie Knew” has been adapted (again) to the big screen. Polemical as it may be to bring this story of a dysfunctional family of the Victorian period to present day Manhattan, it will be worthy to see Julianne Moore as the mother of six years old Maisie, the child tossed around between mother and father, step parents and governesses, permanently trapped in an adult world where adults behave like children and children are forced to let go their innocence.

 

“What Maisie Knew”, direcção de Scott McGehee, David Siegel. Com Julianne Moore, Steve Coogan, Alexander Skarsgård, Joanna Vanderham, Onata Aprile…

 

Fotografia: Millennium Entertainment

Steve Coogan, Onata Aprile, Julianne Moore numa cena do filme

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publicado às 19:54


por Oldfox, em 20.06.13

Inveja Literária II

Ainda o novo livro de Rogério Casanova, "Trabalhos de Casa. 2008-2012". Não vos posso dizer muito sobre o autor. (Os portugueses são, em geral, muito reservados e, talvez por essa razão, a tradição da Biografia seja uma não tradição, ao contrário dos anglo-saxões que adoram Biografias – e que bem que as escrevem!)

Dizia eu… Rogério Casanova nasceu em Lisboa em 1980. É, por isso,  um jovem e talentosíssimo crítico e está tudo dito. Não li “Pastoral Portuguesa”, a sua “rotheana” ( no título) obra de 2009 mas li a sua excelente tradução de”A Mecânica da Ficção” de James Wood (2010), outro grande crítico literário, ensaísta e romancista inglês (n. 1965). Aliás, em “Trabalhos de Casa” há um texto sobre o dito James Wood. Não vou comentar – parece-me estranho uma crítica (eu) criticar um texto de um crítico (Casanova) sobre outro crítico (Wood) – mas aqui vai um bom pedaço: “No seu melhor James Wood é um crítico-pavão, e muitos dos seus triunfos de percepção são ilustrados com uma metáfora arriscada: mas acerta mais vezes do que falha.” Seguem-se alguns exemplos da apreciação de Wood sobre Melville, George Steiner e Updike. Para terminar: “Não importa que o homem queira ser o São Paulo da crítica: é como Salomão que deve ser lido”  (pág. 257).

E eu afirmo, sem peias: James Wood - o homem que criou o termo "realismo histérico", referindo-se a "Dentes Brancos" de Zadie Smith - é o Rogério Casanova do New Yorker.

 

 

Again, the new book by the literary critic Rogério Casanova. Can’t tell you much about the author. He was born in Lisbon in 1980.(Portuguese are very severe regarding their privacy, a fact that might explain the non – existence of biography writing like the one that the Anglo-Saxon countries produce). Casanova is a young and very talented writer and critic. In “Trabalhos de Casa” he writes about the (also) critic James Wood, whose “How Fiction Works" he translated into Portuguese. I will not say a word about  this piece – it is vaguely uncomfortable for a literary critic (me) to appreciate a text of another critic (Casanova) who writes about, yet, another critic (Wood). I will say that Wood - the man that coined the term "hysterical realism" on reviewing "White Teeth" by Zadie Smith, is the New Yorker Casanova, that’s all!

 

Imagem: Photo-illustration: Everett Bogue; Photos: Getty Images, istockphoto

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publicado às 20:01


por Oldfox, em 20.06.13

Invejas Literárias I

 

 

INVEJAS LITERÁRIAS I

 

Embora a maior parte das pessoas tente esconder com afã todo o sentimento de inveja que lhe invade o ser – muitas vezes ao ponto de criar indigestões e outras indisposições com consequências quase fatais – poucos são os que desabridamente o confessam. Não sei porquê mas mostrar inveja é, para a maior parte das pessoas que conheço, um pecado mortal. Mas eu arrisco: fiquei cheia de inveja quando chegou o livro de Rogério Casanova, “Trabalhos de Casa, 2008-2012”.

Na linha de pensamento do meu “post” anterior, afinal há críticos literários e bons. Não conheço o Rogério Casanova, apesar de escrevermos para o mesmo jornal – o Público – mas as suas recensões e textos críticos – aqui reunidos - dão-me prazer e ensinam (as duas faculdades essenciais de um texto, para mim.). O seu saber e cultura literária são avassaladores.

(Não, não estou a fazer crítica a um dos meus pares, estou só a dizer que gosto. E, sim, é verdade,  tenho uma inveja danada. Quem me dera publicar um livro assim, confesso!!!!)

Até agora, os meus textos favoritos de "Trabalhos de Casa" são os que referem Martin Amis, Saul Bellow, Jonathan Franzen e, ainda, uma excelente peça sobre Tolstói (pág. 157), intitulada “A Invenção da Empatia”. O prefácio é de Abel Barros Baptista e a edição da Relógio D’Água, Lisboa, 2013.

(Nota: gostaria de ver cada texto separado e não todos seguidos como nesta edição. Mas compreendo que, para fazer tal coisa – “limpando” e dando espaço de respiração – o livro ficaria muito grande. Por isso é avançar e nada de protestos.

 

I am intensely jealous of other literary critics and I don’t have a drop of shame by admitting it. Envy is my sin, among others. Now, Rogério Casanova, a fellow writer in Publico newspaper – whom I don’t know personally - published  his texts in “Trabalhos de Casa, 2008-2012”– Homework, 2008-2012”, Ed. Relógio D’Água, Lisbon, 2013. The texts I like most, so far are about Martin Amis, Saul Bellow, Jonathan Franzen and a piece on Tolstói titled “The Invention of Empathy”.

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publicado às 16:37


por Oldfox, em 20.06.13

Críticos Literários: uma espécie em perigo de extinção?

É voz comum que os chamados "críticos literários" não são flor que se cheire. Há mesmo quem afirme, com lucidez entusiasta, que tal espécie nem sequer existe, comparando-a a unicórnios, grifos, quimeras, “snarks” e outras extravagâncias. Os mais benévolos avançam com a teoria de que o crítico literário pode ser equiparado ao Dodo (Raphus cucullatus), que chegou a ser uma praga lá para os lados de Madagáscar mas que acabou por se extinguir beatificamente e sem grandes acções de protesto por parte dos conservacionistas. Ao fim e ao cabo – e quantas metáforas podem estar incluídas nesta descrição – o Dodo era uma ave(?) que não voava (?), mal feitona e trangalhadanças, continuamente invejosa de pássaros, passarinhos e passarões que levantavam voo com grande fôlego e beleza – para quem não percebeu, estou a dar uma imagem magnífica dos escritores - nessas paragens do Índico que deliciaram os olhos dos marinheiros holandeses que aí aportaram nos idos de 1598 e lhe chamaram "walghvogel".

 

The famous Edwards' Dodo, painted by Roelant Savery in 1626

 

O Vice Almirante desta esquadra chamava-se Wybrand van Warwijck, o que não vem para o caso, mas é um nome que vibra nos ouvidos, assim como a classificação latina extravagante do parente genético mais próximo, também extinto, do já referido e apalermado Dodo, de nome “Rodrigues Solitaire”.  Assim, para muitos e severos observadores, o odioso crítico literário não passa de um DODO animal negligenciável  e que pode ser visto, apenas, empalhado e coberto de poeira num museu, estrebuchando para ser notado mas cada vez mais perdido na memória dos homens ( e das mulheres).

 

It is said by many that a “literary critic is no good news. Many say, with enthusiastic zeal, that he, or she, doesn’t even exist as a species. Compared to unicorns, gryphons, mermaids dragons in its more drastic version, he , or she, can be apprehended by the most benevolent among us, as a kind of Dodo  (Raphus cucullatus) that was endemic to the island of Mauritius in the warm waves of the Indian Ocean. Extinct efficiently in a hurry to introduce more domestic and tasty species, the Dodo entered the stream of legends with little enthusiasm. For those who have the misfortune of seeing, in a boring visit to a Museum, the dry bones of the creature or a dusty and clumsy stuffed specimen, the metaphorical (and laughable) parallels between the literary critic and the Dodo are evident. A bird (?) that doesn’t fly (?) - eternally compared to  the gracious, majestic, beautiful creatures, the glorious writers – who exists only in the imagination of those prone to fantasies of not so great a taste.

 

 

A poem by Hilaire Belloc about the Dodo in "Bad Child's Book of Beats", 1896:

 

The Dodo used to walk around,
And take the sun and air.
The sun yet warms his native ground –
The Dodo is not there!

 

The voice which used to squawk and squeak
Is now for ever dumb –
Yet may you see his bones and beak
All in the Mu-se-um!

 

 

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publicado às 13:45


por Oldfox, em 18.06.13

Tips, Tips, Tips II

POEMA de BOLAÑO

Roberto Bolaño é um desses fenómenos "post-morten", uma espécie de Stieg Larsson do hemisfério sul, de W.G. Sebald latino-americano.

Foi um escritor surpreeendente e excêntrico. Tudo o que vai surgindo da sua autoria, torna-se imediatamente notícia. Pobre diabo que já cá não está para gozar um merecido aplauso! Mas nós, por enquanto, ainda aqui estamos para o ler.

Aqui, um poema de "Unknown University", a edição da sua poesia completa, traduzida para o inglês por Laura Healy, a publicar pela New Directions, em 11 de Julho, 2013.


Roberto Bolano is one of those weird cases of success garanted. (post-morten).This poem is drawn from "The Unknown University", an edition of Roberto Bolaño’s complete poetry, translated by Laura Healy, to be published on July 11 by New Directions.

 

Toward the end of 1992 he was very sick
and had separated from his wife.
That was the goddamn truth:
he was alone and fucked
and he tended to think there was little time left.
But dreams, oblivious to sickness,
showed up every night
with a loyalty that came to surprise him.
Dreams took him to that magical country
he and no one else called Mexico City
and Lisa and the voice of Mario Santiago
reading a poem
and so many other good things worthy
of the most ardent praise.
Sick and alone, he would dream
and confront the days that passed inexorably
toward the end of another year.
And from it he gathered a bit of strength and courage.
Mexico, the phosphorescent steps in the night,
the music playing on corners
where in the past whores would freeze
(in the icy heart of Colonia Guerrero)
and would dole him out the sustenance needed
to clench his teeth
and not cry in fear.

 

 

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publicado às 23:30


por Oldfox, em 18.06.13

Achados suspeitos

 

Achados suspeitos.

Um choque frontal com o passado!

Não há vítimas a registar.

 

Suspicious findings.

Frontal shock with the past.

No victims.

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publicado às 19:03


por Oldfox, em 18.06.13

Confissões I

 

 

 

 

Arrumar estantes.

O estado calamitoso das minhas estantes deviam mostrar-me o caminho da decência. Mexo-lhes demais, remexo descuidadamente, empurro, aperto, sobrecarrego.  Largo livros no chão, as pilhas sobem como as colunas de Hércules. Os livros são um vício com efeitos secundários desastrosos. Levo muito tempo a arrumá-los e não me posso dar a esse luxo - tenho de os ler.

Não pensem que estou a ser irónica. Estou farta de livros. Há pó acumulado e animais minúsculos por todo o lado. Gosto de aranhas mas há outros seres muito irritantes. Quem me dera ter nascido na era dos "tablets" e ter-me habituado a ler só nos ecrãs. Agora, é tarde.

 

 

True Confessions:

 

My bookshelves are stuffed, bursting and suffering. They squeak and moan, they spit and colapse. I treat them badly. It is not dignifying. My books occupy the floor and rise in piles to the sky. Dust is all over. Books are a vice that ashamed me deeply. If I try to put some order in them I take too long and can't loose time. I have to read. Too much dust and strange animals. I wish I was born in tablets era and get used to read only in screens. Too late for that!

 

 

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publicado às 18:12


por Oldfox, em 18.06.13

Tips, Tips, Tips I

 

 

Senhoras e senhores editores. Aqui está um livro: "The House of Gold" (1929), do irlandês Liam O'Flaherty (Liam Ó Flaithearta; 28 Agosto 1896 – 7 Setembro 1984) vai ser reeditado, com a devida introdução do jornalista, poeta e romancista  Tomás Mac Síomóin, ao fim de 84 anos. O livro, que foi suprimido  pela censura irlandesa, foi considerado "indecente" e francamente obsceno. Autor reconhecido de contos e romances, O'Flaherty, rebelde e inquieto como todo o bom irlandês, viu o seu romance “The Informer” - vencedor do James tait Black Memorial Prize em 1925 - ser levado ao cinema pelo seu primo, John Ford, em 1935.

 

Liam O’Flaherty’s The House of Gold was suppressed by the Irish Censorship of Publications Board,  the year after its release in 1929, as it believed it fell into the category of being “indecent” or “obscene. A new release is expected with an introduction by novelist, poet and journalist Tomás Mac Síomóin.  In 1935, his novel The Informer  (for which he had been awarded the 1925 James Tait Black Memorial for fiction) was made into a film by John Ford.

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publicado às 16:21

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