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Rembrandt, Auto-retrato, 1660 · Pintura a óleo no Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque (pormenor)
Comunidade de Leitores
A Arte de Envelhecer
por Helena Vasconcelos
QUINTAS-FEIRAS
DE 16 DE JANEIRO
A 20 DE MARÇO
Sala 1 · 18h30
Inscrições (limite 40 pessoas) na bilheteira da Culturgest, pelo telefone 21 790 51 55 ou pelo e-mail culturgest.bilheteira@cgd.pt
Informações
21 790 51 55
culturgest.bilheteira@cgd.pt
É um dado largamente difundido e verificado – embora não universalmente reconhecido – que a esperança de vida aumentou exponencialmente, nas últimas décadas. Um largo número de pessoas no planeta, com idade avançada, vivem mais intensamente e, os que podem, aproveitam com avidez esse tempo extra que lhes é proporcionado. Rembrandt foi um dos artistas que pintou a idade madura com mais nobreza e poder, evidenciando a dignidade da senescência.
Encontrar-se-á este fenómeno, também, na Literatura? Será possível criar heróis e heroínas trôpegos, senis, distraídos, engelhados, confusos? Ou ficámo-nos com a ideia romântica, recuperada na década de 50 do século XX, da eterna e solar juventude – por isso era tão importante morrer cedo – dos corpos sem mácula dos jovens efebos e das donzelas sensuais e voluptuosas?
As obras que propomos para este ciclo colocam estas e outras questões: da estranha simetria entre o livro de Banville e o de Schlink, com as óbvias distâncias, à meditação sobre a glória e a inveja ironicamente tratadas por Lodge, na sua recriação do ocaso de Henry James, recuperadas ainda por Bellow, em Ravelstein; da trágica e cómica situação de Edna, no livro de Savage, ao conflito de gerações e hábil trama do curto romance de Welty, tudo leva a crer que este território da ficção, das memórias e da biografia romanceada (Autor, Autor) é digno de análise e de discussão.
16 de Janeiro
Luz Antiga, John Banville, ed. Porto Editora, Lisboa
23 de Janeiro
Recordações de Edna, Sam Savage, ed. Planeta, Lisboa
13 de Fevereiro
Autor, Autor, David Lodge, ed. Asa, Lisboa
20 de Fevereiro
A Filha do Optimista, Eudora Welty, ed. Relógio D’Água, Lisboa
13 de Março
Ravelstein, Saul Bellow, ed. Quetzal,Lisboa
20 de Março
O Leitor, Bernhard Schlink, ed. Asa, Lisboa
Although not universally acknowledged, it is widely known that life expectancy has risen exponentially over the last few decades. Many people of an advanced age live more intensely, eager to make the most of the extra time left to them. Rembrandt was an artist who painted with greater power and distinction in his later years, bringing dignity to old age. Do we find this phenomenon in literature too? Can heroes be created that are senile, doddering, wrinkled and confused? Or do we maintain the romantic idea of eternal youth? This latest cycle of reading will examine these and other questions.
Auto- retrato com um barrete de veludo, 1634. Na Gemäldegalerie , Berlim